quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Filme: Easy Rider - Sem Destino


Sinopse:
Wyatt (Peter Fonda) e Billy (Dennis Hopper) são dois jovens motoqueiros que não se adaptaram à sociedade e seguem um estilo de vida altamente libertário, onde passam a maior parte de seu tempo circulando pelas rodovias estadunidenses sem qualquer destino pré-definido. Quando recebem uma satisfatória quantia em dinheiro para transportar uma considerável carga de cocaína até o outro lado do país, ambos decidem passar antes por Nova Orleans e participarem de um festival que está acontecendo na cidade.
No meio do caminho, Wyatt (vulgo “Capitão América”) e Billy se relacionam com dezenas de pessoas bem diferentes das que estamos acostumados a conviver rotineiramente, dentre as quais destaca-se George Hanson (Jack Nicholson), um jovem advogado que dará um novo sentido à liberdade dos motoqueiros.

Intro (ao som de Steppenwolf - Born To Be Wild)



Crítica:
Easy Rider está no topo da lista dos road movies mais importantes da história. E por incrível que pareça essa obra-prima ainda é desconhecida por muita gente.
Trata-se de um clássico que está muito além do seu tempo e continua mais atual do que nunca. É símbolo da contra-cultura, que é um movimento de contestação de caráter social e cultural que surgiu entre os jovens americanos na década de 1960 (eu deveria criar um post só para tratar sobre esse tema).
A identificação com os protagonistas e os personagens que cruzam seus caminhos é automática, exceto pelas pessoas que representam a camada ignorante da sociedade. Na época, Peter Fonda declarou que seu personagem representava aqueles que sentem que a liberdade pode ser adquirida, que acreditam ser possível encontrar a liberdade em cima de uma moto ou fumando um cigarro de maconha. Sem Destino exibe os rebeldes, assim como toda a juventude alternativa, como vítimas da soberana sociedade americana.
As sequências no cemitério são geniais, totalmente pertubadoras e muito bem feitas. Os diálogos são ingeligentes e é explícita a crítica contra o sistema racista sulista norte-americano da época.
A trilha sonora é composta pelos principais expoentes do rock da época, entre eles: Jimmy Hendrix, Byrds e Steppenwolf, é claro. Ou seja, só colaborou para que o filme se tornasse sucesso mundial e fizesse com que grande parte da geração da década de 1960 se identificasse.

Curiosidades:
  • O filme foi rodado em sete semanas com um orçamento de 400 mil e teve um retorno de 17 milhões.
  • Durante as filmagens, os atores realmente fumaram maconha. Nicholson contou que na "cena da floresta" ele fumou cerca de cem baseados.
  • O filme teve sua exibição proibida em dois estados americanos.
  • Os fora da lei do velho oeste americano, Wiatt Earp e Billy The Kid, serviram de inspiração para o nome dos personagens principais. Como diria Peter Fonda brincando: "Seremos os novos cowboys do cinema".
  • Apesar do final ultra-deprimente, o filme foi ovacionado em Cannes, em 13 de maio de 1969. Não ganhou a Palma de Ouro, mas Hopper foi considerado o melhor diretor estreante.

Veredito:

Easy Rider se divide entre um filme altamente crítico e uma engenhosa cria hollywoodiana para captar grana em cima dos ideais hippies da época. Mas sua importância para o cinema e para a cultura mundial é inegável.
Nota: 9,5

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